(Original)O abraço negativo
Existem muitas pessoas que são aversivas ao abraço e toques físicos de afeto.
Um estudo realizado pelos pesquisadores suecos Lena M. Forsell e Jan A. Åström, que analisaram o fenômeno do abraço em diferentes culturas, seus efeitos bioquímicos e psicológicos, perceberam que a reação que uma pessoa tem em frente aos abraços está relacionada diretamente com o meio familiar onde cresceu.
Nossa tendência a nos envolvermos em contato físico, seja abraçar ou dar um toque no braço é muitas vezes um reflexo de nossas experiências iniciais.
Portanto, as crianças que crescem em famílias que não tem o costume de praticar as demonstrações de afeto mediante o corpo, repetem esse mesmo padrão na sua vida adulta e inclusive com seus próprios filhos, sem levar em conta que os abraços são elementos importantes no desenvolvimento emocional de uma criança.
Em se tratando do fator bioquímico, a falta de toque e contatos podem afetar um corpo em crescimento, gerando um nervo vago subdesenvolvido, que é um feixe de nervos que vai da medula espinhal até o abdômen. Isso pode prejudicar o funcionamento das glândulas que produzem ocitocina que é o hormônio “do amor”, pois ele traz a sensação de prazer e afeto.