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Channel: Dr. Marcos Britto da Silva, MD, MSc Ortopedista Traumatologia Esportiva
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Bula do Cataflan

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Nome genérico: diclofenaco

MARCAS: Voltaren, Cataflam, Voltaren-XR

CLASSE DE DROGAS E MECANISMO: O diclofenaco pertence a uma classe de medicamentos chamados anti-inflamatórios não esteróides (AINE) que são usados ​​para o tratamento da dor leve e moderada, febre e inflamação. Outros membros desta classe incluem o ibuprofeno (Motrin, Spidufen), indometacina (Indocic), nabumetona (Relafen), Naproxeno (Aleve) e vários outros. Os AINEs trabalham, reduzindo a produção de prostaglandinas, substâncias químicas que causam dor, febre e inflamação. Os AINEs bloqueam a enzima que faz prostaglandinas (ciclooxigenase), resultando em menor produção de prostaglandinas. Como conseqüência a inflamação, dor e febre são reduzidos. Uma vez que a resposta a diferentes AINE varia de paciente para paciente, não é incomum para um médico para tentar diferentes AINE para qualquer determinada condição. O diclofenaco é liberado para uso nos estados Unidos pelo  FDA desde julho de 1998.

apresentações mais comuns: Comprimidos (libertação lenta): 50 e 75 mg. Comprimidos (libertação imediata): 50 mg. Comprimidos (liberação prolongada): 100mg

ARMAZENAMENTO: O diclofenaco não deve ser armazenado com temperaturas menores  30 ° C  e devem ser protegidos da umidade.

PRESCRITO PARA: O diclofenaco é utilizado principalmente para o tratamento da inflamação e dor causada por doenças como a artrite reumatóide, osteoartrite e espondilite anquilosante. Também é eficaz no tratamento de inflamações dos tecidos moles devido à tendinite e bursite, e tratar a dismenorréia (cólica menstrual).

DOSAGEM: Diclofenaco devem ser tomados com alimentos para reduzir as complicações no estômago. A dose recomendada para a maioria das condições é de 100-200 mg por dia. Intervalos de dosagem depende da formulação de diclofenaco utilizado e da condição a ser tratada.

Interações medicamentosas: O diclofenaco, como outros AINEs está associado a várias interações suspeito ou provável que afetam a ação de outras drogas. Diclofenaco pode aumentar os níveis sanguíneos de lítio, reduzindo a excreção de lítio pelos rins. Aumento dos níveis de lítio pode levar à toxicidade do lítio. Diclofenaco pode reduzir a pressão sanguínea sob o efeito de medicamentos para pressão arterial. Isso pode ocorrer porque as prostaglandinas desempenham um papel na regulação da pressão arterial. Quando o diclofenaco é utilizado em combinação com antibióticos aminoglicosídeos [por exemplo, gentamicina (Garamicina)] os níveis sanguíneos do aminoglicosídeo podem aumentar, presumivelmente porque a eliminação dos aminoglicosídeos do corpo é reduzida. Isso pode levar a mais aminoglicosídeo relacionados com efeitos colaterais.

Indivíduos que tomam anticoagulantes orais ou anticoagulantes [por exemplo, warfarin (Coumadin)] deve evitar diclofenaco porque diclofenaco também afina o sangue, e o sangue afinamento excessivo pode levar a hemorragia.Combinando AINEs com metotrexato (antitumoral) pode reduzir a eliminação do metotrexato do corpo e resultar em efeitos secundários aumentou de metotrexato.GRAVIDEZ: Assim como outros AINEs, o diclofenaco é geralmente evitada durante a gravidez, pois pode afetar o sistema cardiovascular do feto.

Advertências - Cataflan

Sangramentos ou ulcerações/perfurações gastrintestinais podem ocorrer a qualquer momento durante o tratamento, com ou sem sintomas de advertência ou história prévia. Estes, em geral, apresentam conseqüências mais sérias em pacientes idosos. Nesses raros casos de sangramentos ou ulcerações/perfurações, o medicamento deve ser descontinuado. Assim como com outros agentes antiinflamatórios não-esteróides, reações alérgicas, incluindo-se reações anafiláticas e/ou anafilactóides, poderão também ocorrer em casos raros sem a prévia exposição ao fármaco.Assim como outros AINEs, Cataflan pode mascarar os sinais e sintomas de infecção por causa de suas propriedades farmacodinâmicas.

Precauções -

É imprescindível uma supervisão médica cuidadosa em pacientes portadores de sintomas indicativos de distúrbios gastrintestinais, com história que sugira ulceração gástrica ou intestinal, com colite ulcerativa ou com doença de Crohn, bem como em pacientes com distúrbios da função hepática.
Como com outros agentes antiinflamatórios não-esteróides, pode ocorrer elevação dos níveis de uma ou mais enzimas hepáticas com o uso de Cataflan. Durante tratamentos prolongados, é recomendável a monitorização da função hepática como medida de precaução. Na ocorrência de sinais ou sintomas indicativos do desenvolvimento de doença hepática ou de outras manifestações (por exemplo, eosinofilia, erupções), ou se testes anormais para a função hepática persistirem ou piorarem, o tratamento com Cataflan deverá ser descontinuado. Poderá ocorrer hepatite com ou sem sintomas prodrômicos. Deve-se ter cautela ao administrar Cataflan a pacientes portadores de porfiria hepática, uma vez que o medicamento pode desencadear uma crise.
Pela importância das prostaglandinas para a manutenção do fluxo sangüíneo renal, deve- se dar atenção especial a pacientes com deficiência das funções cardíaca ou renal, a pacientes idosos, a pacientes sob tratamento com diuréticos, e àqueles com depleção de volume extracelular de qualquer origem, como por exemplo nas condições de pré ou pós-operatório no caso de cirurgias de grande porte. Nesses casos, quando da utilização de Cataflan, é recomendável uma monitorização da função renal como medida de precaução. A descontinuação do tramento é seguida pela recuperação do estado de pré-tratamento.
Durante tratamento prolongado com Cataflan(como com outros agentes antiinflamatórios não- esteróides), recomenda-se monitorizar o hemograma.
Assim como outros AINEs, Cataflan pode temporariamente inibir a agregação plaquetária. Pacientes com deficiência de hemostasia devem ser cuidadosamente monitorizados.
Deve- se ter precaução especial com pacientes idosos debilitados ou com aqueles com baixo peso corpóreo, sendo particularmente recomendável a utilização da menor posologia eficaz.

Fratura da Coronoide no Cotovelo

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O que é a fratura do coronóide?
O coronóide é a região anatônica da articulação do cotovelo, faz do da ulna e tem a função de ser o batente anterior da articulação úmero ulnar sendo o olecrânio o batente posterior, a coronóide realiza um importante papel na estabilidade do cotovelo sendo o local de inserção dos principais ligamentos que estabilizam essa articulação.

Qual a importância da fratura da coronóide?
Durante muitos anos a fratura da coronóide foi relegada a segundo plano, basicamente pelo desconhecimento da biomecânica do cotovelo amplamente estudada nos últimos 20 anos. hoje podemos dizer que a fratura da coronóide é um sinal de instabilidade da articulação do cotovelo. No passado imaginávamos que as fraturas de coronóide ocorriam por arrancamento, hoje sabemos que ocorrem por cisalhamento. 
As fraturas da coronóide são de tratamento cirúrgico?
Muitas fraturas de coronóide requerem tratamento cirúrgico porém algumas podem ser tratadas não operatoriamente.

Como é feita a cirurgia para fraturas de coronóide?
as fraturas de coronóide requerem um cirurgião de cotovelo experiente e placas e parafusos especiais, hoje temos materiais especialmente desenhados para coronóide que permitem a osteossíntese e fixação de fragmentos que não poderiam ser fixados adequadamente há 10 anos atrás!

Como é o pós operatório de uma osteossintese de coronóide?
A fratura da coronóide em geral vem acompanhada de outras fraturas no cotovelo, o pós operatório depende do grau de estabilidade conseguida com a fixação das fraturas e do grau de osteoporose do paciente. objetivamos sempre a mobilidade precoce (vida é movimento , movimento é vida) porém isso nem sempre é alcançado na primeira cirurgia.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 04/12/2011

Importância das Caminhadas para Obesidade

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Pessoas que estão muito acima do peso podem caminhar ?
Sim, podem caminhar. Caso você tenha engordado rapidamente sugiro que caminhe pouco todos os dias e realize exercícios em academia e atividades na água. 
Para emagrecer é importante gastar mais energia do que comemos. O sobre peso provoca uma sobrecarga mecânica nas articulações dos membros inferiores, antes de fazer longas caminhadas faça hidroginástica, natação e academia, seu joelho vai agradecer no futuro. Quando estiver um pouco mais magro inicie caminhadas mais longas.

Não tenho tempo para caminhar nem fazer ginastica.
Para perder peso não tem segredo. Engordamos porque comemos mais do que gastamos de energia ao longo do dia. Nos mantemos gordos porque comemos a mesma quantidade de energia que gastamos ao longo do dia. 
Ser gordo não é fácil, se descuidarmos emagrecemos! 
Dicas: passe a descer do ônibus dois pontos antes, suba as escadas não use o elevador, levante da cadeira a cada hora e caminhe 5 minutos.
Caminhe, nade ou tome banho de piscina nos finais de semana. Se você não puder fazer caminhadas ou mais atividades físicas não tem outro modo: coma menos!

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 13/09/2010

Hidratação de Crianças, Adolescentes e Idosos nos Esportes

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CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Crianças apresentam menor taxa de sudorese quando comparadas com os adultos para esforços que se assemelham em intensidade e duração e em condições térmicas idênticas, em ambiente laboratorial. No entanto, elas se desidratam à semelhança do adulto. A influência da desidratação no desempenho físico ainda não está bem esclarecida. Nessa população, a palatabilidade é fator importante no estímulo à reposição de água, visto que pesquisas mostram que sua ingestão voluntária aumenta quando são adicionados sabor: sódio (20 a 25mEq/L) e carboidrato (6%), evitando a desidratação.

IDOSOS

Há diminuição de fluxo sanguíneo cutâneo e da taxa de sudorese com o envelhecimento, atenuada naqueles com estilo de vida ativo. A menor sensibilidade dos barorreceptores faz com que idosos tenham menor percepção da sede e saciedade, expondo-os com mais facilidade às armadilhas da desidratação. A utilização de líquidos aditivados com sódio e carboidratos deve receber análise individual, pois alguns contam com restrições dietéticas decorrentes de doenças crônicas preexistentes. 

Recomendações de reposição de líquidos

Devemos ingerir líquidos antes, durante e após o exercício. Para garantir que o indivíduo inicie o exercício bem hidratado, recomenda-se que ele beba cerca de 250 a 500ml de água duas horas antes do exercício. Durante o exercício recomenda-se iniciar a ingestão já nos primeiros 15 minutos e continuar bebendo a cada 15 a 20 minutos.
  • O volume a ser ingerido varia conforme as taxas de sudorese, geralmente entre 500ml para atividades leves até 2.000ml/hora para atividades estenuantes em locais muito quentes
  • Se a atividade durar mais de uma hora, ou se for intensa do tipo intermitente mesmo por menos de uma hora, devemos repor carboidrato na quantidade de 30 a 60g·hora e sódio na quantidade de 0,5 a 0,7g por litro. (liquidos isotónicos)
  • A bebida deve estar em temperatura em torno de 15 a 22  graus centígrados, (evitar as bebidas muito geladas) e apresentar um sabor de acordo com a preferência do indivíduo, favorecendo a palatabilidade. 
  • Após o exercício, deve-se continuar ingerindo líquidos para compensar as perdas adicionais de água pela diurese e sudorese principalmente em ambientes quentes.
  • Deve-se aproveitar para ingerir carboidratos, em média de 50g de glicose, nas primeiras duas horas após o exercício para que se promova a ressíntese do glicogênio muscular e o rápido armazenamento de glicogênio muscular e hepático
A hiperidratação com líquidos contendo glicerol pode aumentar o risco de hiponatremia pela maior diluição, e a vontade de urinar durante a competição. Mesmo que boa hidratação durante o exercício prolongado no calor favoreça as respostas termorregulatórias e de performance ao exercício, não podemos garantir que, em situações de extremo estresse térmico, ela seja suficiente para evitar fadiga ou choque térmico. 


atualizado em 17/11/2010

Fraturas uma visão Geral

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Como as Fraturas acontecem?
Diagnóstico das Fraturas
Tipos de fraturas
Como é o Processo de Cura
Tratamento para fraturas
Recuperação e Reabilitação das Fraturas

Como ocorre uma Fratura?
As fraturas podem ocorrer de varias maneiras, mas há três causas mais comuns:
  • O Trauma é o principal responsável por fraturas. Por exemplo, uma queda, um acidente de automóvel ou um colisão durante um jogo de futebol  podem resultar numa fratura.
  • A osteoporoseé uma outra causa de fraturas. A osteoporose é uma doença óssea que resulta na "afinamento" do osso, o osso fica fraco. Os ossos se tornam frágeis e quebram facilmente.
  • Uso excessivo, por vezes, resulta em fraturas de estresse. Estes são mais comuns entre os atletas.
Normalmente, você saberá imediatamente se tiver quebrado um osso. Você pode ouvir um som de estalo ou fissuras. A área em torno da fratura terão curso e inchado. Um membro pode ser deformado, ou uma parte do osso pode punção através da pele.
Os médicos e ortopedistas costumam utilizar um raio-X para verificar o diagnóstico. Fraturas por estresse são mais difíceis de diagnosticar, porque eles podem não aparecer imediatamente em um raio-X, no entanto, pode haver dor, sensibilidade no local e inchaço leve.

Tipos de fraturas
Fechada ou fratura simples. O osso está quebrado, mas a pele não está rompida.
Fratura exposta ou aberta. A pele pode ser perfurada pelo osso ou por um golpe que fere a pele no momento da fratura. O osso pode ou não ser visíveis na ferida.
Fratura transversa. A fratura é perpendicular ao eixo longitudinal do osso.
Fratura em galho verde. Fratura em um lado do osso, causando uma curvatura no outro lado do osso típica de crianças onde osso ainda está mole ( o osso amassa ao invés de quebrar).
Fratura cominutiva ou multifragmentária. Uma fratura que resulta em três ou mais fragmentos de ossos.
Fratura em espiral. O traço de fratura é um espiral e resulta de um trauma torcional.

Assim que ocorre uma fratura, o corpo age para proteger a área lesada, formando um coágulo de sangue e tecidos de proteção chamado calo fibroso. Leia mais

Tratamento para fraturas
Os médicos usam gesso, talas, pinos ou outros dispositivos para manter uma fratura na posição correta enquanto o osso está se curando.
Métodos de fixação externa incluem gesso e fibra de vidro lança, lança-chaves, talas, e outros dispositivos.
Métodos de fixação interna segurar os pedaços de osso na posição adequada com placas de metal, pinos ou parafusos enquanto o osso está se curando.

Recuperação e Reabilitação
Fraturas levam várias semanas a vários meses para curar, dependendo da extensão da lesão e quão bem  o paciente segue os conselhos médicos. A Dor geralmente pára muito antes da fratura colar, O osso fica sem dor porém não  o suficiente para lidar com o estresse das atividades diárias.
Mesmo depois da retirada do gesso ou imobilizador, pode ser necessário continuar a limitar as atividades até que o osso esteja completamente sólido e forte o suficiente para uso em atividades cotidianas.
Normalmente, no momento em que o osso está consolidado, os músculos estão atrofiados pelo desuso e muitas vezes o paciente necessita de fisioterapia, as articulações também podem estar rígidas.

O paciente em geral precisa de um período de reabilitação que envolve exercícios e gradualmente, aumentando as atividades antes dos tecidos desempenharem suas funções normalmente, somente nesse momento podemos considerar o final do processo de cura.

Dr Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Atualizado em 15/11/2011

Alcool e Desempenho Atletico

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A partir de uma perspectiva fisiológica, duas situações chamam a atenção para o indivíduo que consome álcool.  
Uso Aguda, o álcool pode causar efeitos negativos sobre as habilidades motoras e performance física   
Uso Cronico, o abuso de álcool pode impedir o desempenho físico; indivíduos com diagnóstico de dependência do álcool têm demonstrado diferentes graus de lesão muscular e fraqueza. Nos Estados Unidos, o abuso de álcool é tão prevalente na comunidade atlética quanto na população em geral, a grande maioria dos atletas começa a beber antes do final do ensino médio. 

Esse artigo foi reproduzido em parte na minha entrevista para o

SporTV Repórter - Esporte e Álcool um Jogo Perigoso  de 20 de novembro de 2011




Uso de álcool no atletismo
O uso de álcool por atletas algumas vezes começa no primeiro grau porém os estudantes do sexo masculino do ensino médio são mais propensos a usar álcool regularmente. O consumo de álcool é alto o suficiente para o álcool ter sido nomeado a droga mais consumida no esporte colegial pela NCAA ( Esporte no Colegial) e no desporto profissional e olímpico pela NFL(Futebol) , NBA ( Basquete), e USOC. ( Esportes Olimpicos) 

ÁLCOOL como um nutriente
Cada grama de álcool (etanol) fornece sete kilocalorias. O alcool é quase tão calórico quanto a gordura. A gordura fornece nove kilocalorias e o carboidrato e proteína fornecem  quatro kilocalorias por gramaOutros nutrientes podem estar presentes, dependendo do tipo de bebida. Cerveja, por exemplo, tem sido visto como uma boa fonte de muitos nutrientes e por vezes tem sido utilizado na preparação para provas de resistência ou para repor os nutrientes após competição. Na verdade, um copo de suco de laranja fornece quatro vezes mais potássio e quase três vezes mais carboidratos que uma lata de cerveja!
Performance em indivíduos Alcoolizados (efeito agudo do álcool) Performance Motora - baixa quantidade de álcool (0.02-0.05g/dL) pode resultar em diminuição dos tremores nas mãos, melhor equilíbrio e precisão de arremesso no lançamento no arco e flecha porém provoca diminuição do tempo de reação,(o atleta fica mais lento) e  ocorre uma diminuição da coordenação olho-mão levando a piora na performance final. A quantidade um pouco maior (0,06-0,10 g / dL)  de álcool afeta negativamente todas as habilidades. 
Performances e força em esporte de explosão - O  álcool tem efeito deletério sobre força de preensão, altura do salto e desempenho em corridas de 400 metros e pode resultar em rápida fadiga durante exercícios de alta intensidade. O uso de álcool diminui a força em vários grupos musculares, na resistência muscular e no tempo de execução na corrida de 100 metros rasos. 
Desempenho aeróbico - quantidades baixas ou moderadas de álcool podem prejudicar corridas de 800m  e aumentar o tempo de execução nos 1500 metros. Por causa de sua propriedade diurética, também pode resultar em desidratação, sendo especialmente prejudicial em termos de desempenho e de saúde durante exercícios prolongados em ambientes quentes. Temos vários casos relatados na Literatura de Rabdomiólise  ( inclusive na literatura nacional) 
Desempenho atlético após a eliminação do Álcool (ressaca) O efeito prolongado do álcool, diminui o condicionamento físico. De acordo com a pesquisa atual, o efeito durante uma ressaca leva ao declínio na produção total de trabalho muscular durante o ciclismo de alta intensidade. Além disso, a resistência muscular tem demonstrado sofrer um declínio de longo prazo, estando presente ainda na segunda manhã após a intoxicação alcoólica  ( 48 h após a ingestão a alcool ainda causa efeitos no desempenho do atleta)
Desempenho com uso crônico de álcool O uso crônico de álcool pode ser prejudicial ao desempenho atlético, secundariamente, com muitas das sequelas que podem se desenvolver. O álcool afeta o corpo todo . Esta associado a diversas patologias, incluindo cirrose hepática, úlceras, doenças cardíacas, diabetes, miopatia cronica e miopatias agudas (rabdomiólise), problemas ósseos, e transtornos mentais.  
As seguintes implicações são de interesse do indivíduo atlético. O uso de álcool pode resultar em:  
Deficiências nutricionais devido a alterações na ingestão, piora na digestão, na absorção e no metabolismo desses nutrientes levando a uma síndrome carencial.
Miopatia (lesão muscular, emagrecimento e fraqueza) podem ocorrer em vários músculos, incluindo o coração, muitas vezes agravada por neuropatia alcoólica. Além disso, o ambiente hormonal pode mudar, tornando-o menos propício para aumentar a massa e a força muscular  


Uso de Alcool por adolescentes no Brasil
Estudo  realizado pelo CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicoativas sobre o uso indevido de drogas por estudantes (n = 2.730) dos antigos 1º e 2º graus em 10 capitais brasileiras  revelou percentual altíssimo de adolescentes que já haviam feito uso de álcool na  vida: 74,1%. Quanto a uso freqüente, e para a mesma amostra, chegamos a 14,7%. Ficou constatado que 19,5% dos estudantes faltaram à escola, após beber, e que 11,5% brigaram, sob o efeito do álcool.


APLICAÇÕES PRÁTICAS
1- Atletas podem consumir álcool para melhorar a função psicológica, mas a função psicomotora é a que mais deteriorará. 
O álcool pode melhorar a autoconfiança, porém deteriora a performance psicomotora.
2-  A ingestão de álcool não exerce influências benéficas como fonte de energia no exercício. O glicogênio muscular em repouso é significantemente diminuído após consumo de álcool. 
* Pré-evento: Evite o álcool mesmo em ambiente social por 72 horas
* Pós-exercício: reidratar primeiro e consumir alimentos para retardar a absorção de álcool. (evite jogar bola e entrar na cerveja direto, primeiro reidrate (isotónicos) e como alguma coisa) * Evite beber e praticar esportes simuntaneamente, não nade sob o efeito de álcool.
Os efeitos do álcool dependem da quantidade consumida, do contexto ambiental e sobretudo do indivíduo. O consumo diário de até 120ml de vinho pode ter um efeito protetor sobre o sistema cardiovascular. Uma taça de vinho tinto após a refeição principalmente quando ingerimos carne, lembrar que o vinho pode ser substituído por suco de frutas vermelhas, nesse caso o importantes são os antioxidantes presentes no Vinho e não o álcool, alguns estudos também sugerem que uma ou duas doses de alcool por dia podem ter efeito benéfico na redução do risco de doenças coronarianos (Paradoxo Francês) . No entanto, os indivíduos que bebem estão atrás de outros efeitos do álcool, principalmente o efeito sedativo, como inibidor do sistema nervoso central e fazem uso de mais de duas doses o que pode ser prejudicial para a prática de esportes e também para a saúde em geral. 
Adaptação das orientações do American College of Sports Medicine sobre Alcohol and Athletic Performance

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 14/09/2011

Osteocondrose

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As doenças ósseas infantis muitas vezes são osteocondrites e osteocondroses. Os termos osteocondrite e osteocondrose se referem a patologias ortopédicas que acometem o entorno das articulações, acomete as crianças, adolescentes e adultos jovens. Em algumas situações os termos são usados como sinónimos. Historicamente, a osteocondrose de cada osso recebe o nome de quem descreveu a doença pela primeira vez, uma prática que resultou em uma lista volumosa de epónimosA situação é ainda mais confusa porque algumas das ditas osteochondroses são causados por necrose asséptica do osso e/ou por sobrecarga mecânica e fraturas por estresse, enquanto outras são simples variações  fisiológicas do crescimento. A seguir apresentamos alguns epónimos e um pequeno resumo sobre cada patologia.

O que é a doença de Sever?
O doença de Sever provoca dor no calcanhar da criança e é uma osteocondrose na epífise do calcâneo. Ocorre somente em crianças e tem uma boa evolução com a passar do tempo. O diagnóstico é feito com exame radiográfico do calcanhar em perfil. O exame comparativo com o lado contra lateral algumas vezes auxilia o diagnóstico.

O que é epifisiólise?
A epifisiólise é o escorregamento da cabeça do fémur. A epifisiólise pode ser aguda ( quando surge após um traumatismo) crónica quando ocorre lentamente sem história de trauma ou crónica agudizada quando ocorre após um trauma de menor intensidade no quadril que já apresentava dor previamente. Talvez o sintoma mais importante veja a dor no quadril e na face interna do joelho quando a criança corre. Com o passar do tempo a flexão do quadril e a rotação externa se tornam limitados. O pediatra quando reconhece o problema encaminha ao ortopedista, pois o tratamento da epifisiólise é cirúrgico.

O que é a doença de Panner?
O doença de Panner é a osteocondrose do capítulo umeral. O tratamento depende da extensão da lesão. A criança se queixa de dor na face lateral do cotovelo. Quando parte do capítulo se solta pode travar a articulação e o ortopedista pediátrico pode indicar a cirurgia.

O que é a doença de Legg Calvé e Pherthes?
O doença de Legg Pherthes é uma osteonecrose na cabeça femural que ocorre na infância, o mecanismo é diferente da osteonecrose avascular da cabeça femural do adulto. A doença é auto-limitada porém em geral evoluiu com mudança da anatomia e do contorno da cabeça fémur que provocará artrose no futuro. O tratamento consiste em manter a cabeça femural centrada no acetábulo. Isso pode ser feito com Orteses, porém, algumas vezes a criança requer tratamento cirúrgico.

O que a Tíbia vara ou doença de Blount?
A enfermidade de Blount é uma alteração no crescimento da epísife tibial medial que faz com que a perna da criança fique arcada. ( tíbia vara)

O que é a doença de Osgood Schalatter?
A osteocondrose da Tuberosidade Anterior da  Tibial  (TAT) é provavelmente a osteocondrite mais frequente, provoca dor e edema na região anterior do joelho da criança, principalmente dos meninos. Está relacionado ao estirão puberal, portando é uma doença do pré adolescente com uma incidência em meninas mais jovens e em meninos mais velhos. A doença é auto limitada e desaparece com o final do crescimento ósseo.

O que é a osteocondrose de Sinding Larsen Wolf?
Acomete o polo inferior da Patela.

O que é a doença de Köhler?
A doença de Köhler é a osteocondrose do osso  navicular do pé, foi descrito em 1908 com Köhler. É mais comum em meninos ( aproximadamento 80% dos casos) muitos casos estão relacionados a traumas repetidos no pé. A marcha antálgica é típica e a criança em geral deambula com a face lateral do pé. A evolução é benígna porém pode ser necessário imobilizar o local por algumas semanas.

O que é a doença de Freiberg?
Freiberg é o nome dado a osteocondrose da cabeça do segundo metatarsiano, é mais comum em meninas mais velhas ( maior que 15 anos) e algumas vezes os sintomas não aparecem na adolescencia, somente na vida adulta. O sintoma mais frequentes é a metartarsalgia sobre a cabeça do segundo metatarsiano e a doença está relacionada a sobrecarga mecânica no local.

O que é a osteocondrose de Meilstrup?
É a osteocondrose que acomete ao cuneiforme medial do tarso.

O que é a epifisite de Iselin?
É a osteoconcrose que acomete a cabeça do 5 metatarsiano.

O que é a doença de Madelung?
É o acometimento do crescimento ósseo da epífise distal do rádio, semelhante ao acometimento da tíbia na doença de Blount. Provoca deformidade no punho que fica com desvio radial.

Como é conhecida o osteocondrose da cabeça dos metacarpianos?
Osteocondrite de Mauclaire.

O que é a doença de Kienbock?
A doença de Kienbock acomete o semilunar e provoca necrose asséptica desse osso, a evolução é semelhante a necrose avascular da cabeça do úmero.

O que é a cifose de Scheuermann?
As vértebras podem também ser acometidas pela osteocondrose e a deformidade típica é a cifose torácica que é conhecida com enfermidade de Scheuermann. Algumas vezes o cirurgião de coluna pode indicar o uso de colete para prevenir deformidades, outros tratamentos podem estar indicados de acordo com a gravidade da deformidade.

O que é a Osteocondrite Dissecante?
O osteocondrite dissecante é a lesão da cartilagem articular que começa a se soltar dentro da articulação, é muito comum no Joelho. Imagine a parede de uma caixa d`água que apresente uma rachadura a agua começa a infiltrar por essa rachadura ( o liquido sinovial começa a infiltrar pela rachadura que ocorreu na cartilagem) com o passar do tempo a agua pode fazer um caminho por dentro da parede da caixa d´agua e novamente encontrar outra rachadura (o liquido sinovial disseca a cartilagem por dentro até encontrar outra rachadura nesse momento a cartilagem se desprende e cai dentro da articulação deixando um buraco dentro da cartilagem e expondo o osso subcontral )

Como é feito o tratamento da osteocondrite dissecante?
Cirurgicamente fixamos a cartilagem no lugar antes dela soltar completamente.

Dr. Marcos Britto da Silva 
Ortopedista, Traumatologia, Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 24/09/2011

Pé Diabético

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Cerca de 13 milhões de pessoas (cerca de 7 por cento da população do Brasil) têm a Diabetes Mellitus. O diabetes é uma doença silenciosa e uma das mais importantes complicações é o chamado Pé diabético.

O que é o pé diabético?
O pé diabético é assim chamado devido as constantes feridas causadas por ausência de sensibilidade ( o paciente não sente que esta machucando o local e também pelos danos a micro circulação arterial causado pelo diabetes ( as arteríolas ficam entupidas)

Por que ocorre o pé diabético?
O pé diabético ocorre devido ao comprometimento do sistema nervoso (neuropatia) que é uma das principais complicações que podem causar a perda de sensibilidade nos pés provocando dormência, formigamento, parestesias, etc. Isto significa que o paciente não percebe que está machucando o local

O pé diabético é muito frequente?
O pé diabético afeta cerca de 60 por cento das pessoas com diabetes. Problemas nos pés são um grande problema nos pacientes diabéticos aproximadamente 25% de todas as internações por complicações do diabetes estão relacionados ao pé diabético no Brasil!
Quais os cuidados que o paciente diabético deve ter com os pés?
Os pacientes com diabetes devem monitorar os pés todos os dias. Ao sair do banho ele deve enxugar cada artelho individualmente e procurar por áreas avermelhadas ou escurecidas. O diagnóstico precoce é o mais importante. Frequentemente o paciente com comprometimento da micro circulação dos pés tem também microangiopatia retiniana com consequente diminuição da acuidade visual, nesses casos a esposa ou o filho deve monitorar os pés do paciente pois ele talvez não enxergue direito.

Quais os cuidados com os sapatos?
A escolha do calçado é uma das partes mais importantes, verifique se alguma parte do pé está mais pressionada pelo sapato ou sandália. Não acredite somente na sensibilidade, use o sapato algumas horas e verifique se alguma parte do pé está com uma moça (amassado) caso encontre essa região amassada e não senta dor no local troque de sapato. Caso o paciente continue usando as consequências podem ser graves, inclusive amputação, ou pior.

Quais os problemas com os calos? 
O calo no pé significa sempre que há uma maior pressão no local, um calo pode ficar sem vascularização e abrir uma ferida, ao surgir um calo no pé de um paciente diabéticos procure imediatamente um ortopedista.

Quais os perigos do pé diabético?

Pequenas lesões tornam-se grandes emergências antes que o paciente perceba. Com um pé diabético, uma ferida tão pequena quanto uma bolha por usar um sapato um pouco apertado pode causar dano sérios. O Diabetes diminui o fluxo de sangue levando a uma diminuição na velocidade de cicatrização. Quando o ferimento não cura, há um maior risco para a infecção. Nos pacientes diabéticos a infecção pode se espalham rapidamente.
Se você tem diabetes, você deve inspecionar seus pés todos os dias. Procure por perfurações, contusões, áreas de pressão, vermelhidão, calor, bolhas, úlceras, arranhões, cortes e problemas nas unhas.

Peça a alguém para ajudá-lo, ou use um espelho.

Verifique se o pé está inchado.
Examine entre os dedos.
Confira seis locais principais na parte de baixo de cada pé:
A ponta do dedão do pé,
base dos dedos do pé mindinho,
base dos dedos do meio,
área do calcanhar,
borda externa do pé e outro lado da bola do pé.
Verifique se há sensibilidade em cada pé.
Se você encontrar qualquer lesão, não importa quão pequena não tente tratá-la você mesmo. Vá a um médico imediatamente.

Dicas para Cuidar de seus pés:

* Lave os pés todos os dias com sabão neutro e água morna. Teste a temperatura da água com a mão primeiro. Não deixe os pés molhados. Ao secá-los, muito cuidado para secar entre os dedos.
* Use uma loção de qualidade para manter a pele dos pés macia e hidratada - mas não colocar qualquer loção entre seus dedos.
* Corte as unhas do dedo do pé em linha reta. Evite cortar os cantos das unhas. Use uma lixa de unha . Se você encontrar uma unha encravada, consulte o seu médico.
* Não utilize soluções anti-sépticas, medicamentos de farmácia, almofadas de aquecimento ou instrumentos afiados em seus pés. Não coloque os pés sobre locais quentes como na frente de uma lareira.
* Mantenha sempre os pés quentes. Use meias na hora de dormir. Evite molhar os pés na chuva. Use meias quentes e calçados impermeáveis.
* Não fumar ou sentar de pernas cruzadas. O cigarro e as pernas cruzadas diminuem a oferta de sangue para os pés.

Dicas Sobre sapatos e meias
* Prefira calçados fechados isso diminui a chance de ferir o pé caso você dê uma topada.
* Escolha seus sapatos com cuidado. Compre sapatos novos no final do dia quando os pés estão maiores (inchados). Comprar sempre sapatos confortáveis. Verificar o comprimento, largura, região do calcanhar, região plantar, etc. Evite saltos altos. Tentar obter sapatos feitos com material de couro superior e com a caixas dos dedos com boa profundidade e largura (pico quadrado). Usar sapatos novos por apenas duas horas ou menos de cada vez. Inspecionar o interior de cada sapato antes de colocá-lo. Não use seus sapatos muito apertados ou nem muito frouxos.
* Escolha as meias com cuidado. Usar meias secas e limpas todos os dias. Evite meias com furos ou rugas. Meias de algodão fino são mais absorvente o verão. As meias não devem apertar seus dedos. Evite meias com elásticos.

Deformidades do Pé
Quando os pés perdem a sensibilidade, eles correm o risco de tornar-se deformados. Uma forma disto acontecer é através de úlceras. Feridas abertas podem ser infectados. Outra forma é uma doença por insensibilidade das articulações denominada Artropatia de Charcot. Esta é um dos problemas mais graves do pé. Ela provoca deformidade do pé, a pé fica insensível, o paciente pode ter uma fratura e continuar andando pois não sente dor. Com o passar dos meses e dos anos o pé vai deformando. 
Um ortopedista pode tratar as úlceras do pé diabético nas fases iniciais das fraturas Charcot com um gesso de contato total. Isso permite que a úlcera cicatrize através da distribuição de peso e alivio da pressão na região da úlcera.
A cirurgia é considerada se a sua deformidade do pé é muito grave e não é passível de tratamento com uma órtese adequada.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 25/10/2011

Creatina

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A creatina tem sido apontada como o suplemento nutricional de maior eficiência na melhora do desempenho em exercícios de alta intensidade e no aumento de massa muscular. Já seu uso como recurso ergogênico em atividades físicas prolongadas não encontra nenhum suporte na literatura científica. A melhora, ou não, do desempenho em exercícios com predominância aeróbia é pouco documentada. Embora com resultados ainda controversos, muitos estudos têm sugerido que a creatina teria efeito ergogênico em indivíduos nos quais se constata diminuição de aporte da creatina exógena alimentar, como os vegetarianos e os indivíduos idosos, sendo somente para estes casos específicos, após boa análise do profissional especializado, médico e/ou nutricionista, justificável seu uso, embora, ainda, com fraco grau de recomendação. Somente para atletas competitivos de eventos de grande intensidade e curta duração, ou sejam, atividades nas quais predomina a utilização de fosfagênios, sempre em caráter excepcional, seu uso é permitido. Portanto, mesmo nesses casos, a recomendação é a de que em geral não se deve usar a suplementação de creatina, sendo seu uso aceito em raras ocasiões. Para os demais desportistas fica estabelecida a recomendação de nunca usar. Desse modo, recomenda-se que a utilização da creatina como suplemento, com finalidade ergogênica, seja analisada individualmente, caso a caso, de acordo com as necessidades analisadas. β-hidroxi-β-metilbutirato O uso de β-hidroxi-β-metilbutirato (HMB) tem sido cogitado como um potencial agente para o aumento da força e massa magra corporal, por promover ação anticatabólica. Porém, ainda faltam estudos científicos que comprovem de maneira inequívoca a eficácia do suplemento nessa ação ergogênica, a não ser em algumas situações específicas, como é o caso de populações de idosos que participam de programas de exercícios físicos visando o ganho de força muscular. Para a população em geral, mesmo quando se trata de atletas de competição, não existe recomendação para seu uso, devendo prevalecer a orientação de que não se deve usar.
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 09/08/2010

Vitaminas Minerais e Antioxidantes nos exercícios

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Vitaminas
Para atletas em regime de treinamento intenso, tem sido sugerido, o que tem gerado controvérsia, o consumo de vitamina C entre 500 e 1.500mg/dia (proporcionaria melhor resposta imunológica e antioxidante) e de vitamina E (aprimoraria a ação antioxidante). A documentação científica permite que os profissionais qualificados, nutricionistas e médicos, prescrevam de forma sistemática vitamina C e E para atletas, com a ressalva de que esta atitude se baseia em baixo grau de evidência científica.

  Minerais
O zinco está envolvido no processo respiratório celular e sua deficiência em atletas pode gerar anorexia, perda de peso significativa, fadiga, queda no rendimento em provas de resistência e risco de osteoporose, razão pela qual tem sido sugerida sua suplementação alimentar. Entretanto, as evidências científicas não justificam o uso sistemático do zinco em suplementação nutricional e, sim, quando o acompanhamento determinar a necessidade. Atletas do sexo feminino, em dietas de restrição calórica, podem sofrer deficiências no aporte de minerais. É o caso do cálcio, envolvido na formação e manutenção óssea. Recomenda-se que a dieta contenha a quantidade mínima de 1.000mg/dia de cálcio. A baixa ingestão de ferro, que ocorre em cerca de 15% da população mundial, causa fadiga e anemia, afetando o desempenho atlético e o sistema imunológico. Recomenda-se atenção especial ao consumo de alimentos com ferro de elevada biodisponibilidade, com oferta recomendada de 15mg/dia para a população feminina e 10mg/dia para a masculina. Para as gestantes, a recomendação diária (RDI) se eleva para 30mg. Tais necessidades podem ser contempladas pela manipulação dietética, não sendo necessária a suplementação.
Antioxidantes
Os estudos demonstram que os mecanismos regulatórios promovidos pela ingestão combinada ou isolada de vitaminas C, A, E, de cobre e zinco e da coenzima Q10 produzem efeitos antioxidantes. No entanto, sua suplementação está reservada para atletas de alto desempenho, em que a oferta desses nutrientes através da dieta balanceada, suficiente na maioria dos casos, mostrar-se insuficiente. Altas doses podem não apresentar os efeitos esperados e ainda trazer prejuízos a saúde.

Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 13/08/2013

Lombalgia

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Lombalgia é a dor que ocorre na região posterior do abdómen, ou seja é a dor que acomete a região da coluna lombar. A dor comumente irradia até a nádega,

O que causa a lombalgia?
Geralmente a lombalgia é decorrente de um estiramento agudo de um músculo ou de um ligamento na coluna lombar. Os sintomas podem aparecer após um movimento violento súbito, levantar um peso sem flexionar os joelhos ou por um movimento comparativamente trivial após um período de trabalho pesado, quando os músculos estão fatigados.
Costuma-se dizer que pessoas altas e magras com costas flexíveis e músculos fracos são especialmente propensas a estiramentos agudos nas costas, assim como aquelas em ocupações sedentárias como a medicina, que vivem uma vida sem atividade física durante a semana e acabam se punindo no fim de semana com várias atividades. ( atletas de fim de semana )
Pessoas que ficam sentadas por muito tempo e então precisam carregar coisas pesadas sem um "aquecimento" adequado, por exemplo, motoristas que precisam dirigir mais de uma hora com a coluna flexionada em um veículo submetido a solavancos e então deixam o seu assento para carregar uma carga pesada na parte de trás de um utilitário, também são muito vulneráveis.
A dor também é muito frequente em barrigudos. Quando a barriga cresce muda o centro de gravidade e sobrecarrega a coluna lombar levando a dor e ao desgaste prematuro das articulações.( artrose )

Como prevenir a Lombalgia ?
O "estiramento muscular" geralmente é o resultado de um levantamento de peso incorreto, e na maioria dos casos pode ser evitada. Trabalhadores que precisarem levantar cargas pesadas, incluindo enfermeiras que levantam os pacientes, devem aprender técnicas de levantamento corretas. Não faça força com os músculos da coluna lombar!

Quais as técnicas de levantamento correta para evitar dor nas costas?
1. Não levantar peso com a coluna flexionada; nesta posição, o peso é projetado em ligamentos tensos e músculos esticados, o que os torna vulneráveis a uma carga adicional. Em vez disso, realize o levantamento com a coluna lombar reta (estendida).
2. Mantenha o peso a ser levantado o mais próximo do corpo possível. Quanto mais longe o peso estiver do corpo, maior será o esforço necessário para levantá-lo. ( quanto maior o braço de alavanca maior o esforço no pivo que é a coluna.)
3. Levante os objetos usando os músculos dos joelhos, e não das costas.
4.Torne o trabalho o mais fácil possível. Garanta que exista um bom acesso à carga, se possível dividindo-a em cargas mais leves, mas se ela não puder ser repartida divida o trabalho com duas ou mais pessoas.

No local de trabalho, o levantamento de peso pode ser realizado mais facilmente com o armazenamento de produtos na altura da cintura, evitando assim a necessidade de um movimento de torção ao levantar ou carregá-lo, ou com o uso de equipamento de elevação e esteiras transportadoras.

Quais os princípios de tratamento da Lombalgia?
As seguintes medidas constituem o tratamento-padrão para lesões agudas das costas e são confiáveis; repouso, analgésicos e mobilização gradual são os mais importantes:
1. Repouso.
2. Analgésicos.
3. Gelo ou Calor.
4. Mobilização gradual.

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 15/09/2013.

Impacto Subacromial e Escápula Alada

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Vídeo mostrando um caso de Escapula Alada a direita (paralisia do nervo torácico longo)

A síndrome de impacto é uma das principais causas de dor no ombro. A síndrome de impacto do ombro é uma patologia multi fatorial, em geral esta relacionada ao imbalanço muscular entre o deltoide e os músculos do manguito rotador, porém existem outras causas.
Acima mostramos um vídeo de um paciente com paresia do nervo torácico longo levando a um movimento assíncrono entre a escapula e o úmero.
Esse movimento assincromo causado pelo neuropraxia nervosa provoca uma perda da ritmo escápulo torácico típico de 2:1 (escapulo torácico e gleno umeral normal).  O acrômio demora para mudar de posíção provocando um impacto dinâmico subacromial. O tratamento depende da recuperação nervosa e fisioterapia para recuperar a função muscular.


Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 22/11/2013

Calcaneodinia ou Talalgia

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O dor na região posterior do pé é uma das dores mais frequentes do Ortopedista, principalmente do cirurgião ortopedista especialista em pé. O Cirurgião de pé  denomina essa dor de calcaneodinia (algumas vezes essa dor é chamada de talalgia). Uma das causas mais frequentes dessa dor é a fascite plantar.
O que é o Fascia Plantar?
R. O fascia plantar é um ligamento que se origina no aspecto medial da face inferior do osso calcâneo e se insere na base das falanges proximais dos artelhos. A sua principal função e manter o arco plantar.
O que é fascite Plantar?
A fascite é uma inflamação no fáscia plantar, comumente na sua inserção junto ao osso calcâneo. Frequentemente surge na região um osteófito também chamado de esporão de calcâneo. Outros nomes são: bico de Galo ou de Papagaio. Em inglês a fascite palntar é chamada de Plantar Heel Pain
O que é o esporão de calcâneo?
R. O esporão de calcâneo é uma calcificação que surge na região inferior da osso do calcâneo causada por microtraumas repetidos nessa região.
O esporão de calcâneo espeta e causa a dor na fascite plantar?
R. Não. A dor é causada por uma inflamação na região. O esporão é uma calcificação na origem de tendões e ligamentos nessa região do calcâneo. Essa calcificação ocorre em outras partes do corpo como a coluna e o ombro ou mesmo na parte posterior do calcâneo ( inserção do tendão de Aquiles ).
Porque ocorre a calcificação no esporão de calcâneo?
R. A calcificação ocorre devido a microtraumas repetidos na região, ocorrem pequenas rupturas na inserção dos ligamentos e tendões e inicia-se o processo de cicatrização. Devido a fatores locais ( liberação de substâncias inflamatórias) ocorre uma metaplasia ( processo de cicatrização com células diferentes das células habituais da região) e surge um tecido calcificado na origem dos ligamentos e tendões. De modo simplificado é como se o osso crescesse para dentro dos ligamentos.
O esporão de calcâneo é muito frequente?
Sim, O esporão de calcâneo está presente numa parcela significativa da população. Lembrando não é o esporão de calcâneo que espeta e causa a dor, portanto observamos o esporão em pessoas sem dor na região.
Se o esporão não causa a dor porque meu ortopedista disse que eu estou com esporão de calcâneo?
R. O esporão de calcâneo é um signo (sinal) radiológico que está presente em todas as pessoas que sofreram ao longo dos meses (ou dos anos) um microtraumatismo na região. Ter esporão de calcâneo não é igual a ter dor e não é necessário operar o esporão para curar a dor. Muitas vezes o médico ( ortopedista, reumatologista, fisiatra, etc.) usa termos mais simples para que o paciente tenha uma idéia da sua patologia. Resumidamente pacientes com esporão de calcâneo tem uma grande incidência de calcaneodinia. A calcaneodinia (com dor na região inferior da calcâneo) é pouco frequente em pacientes sem o esporão e no futuro esses pacientes podem apresentar o esporão. O explicação para isso e simples: a dor é causada pela inflamação no local, a inflamação por sua vez é causada por microtrauma. Para aparecer a calcificação (o esporão) são necessários vários meses ou anos com microtrauma na região e deve ocorrer a metaplasia no local. Se faltar um desses fatores não aparecerá o esporão. " Em medicina pas toujours ou jamais " Em medicina nem sempre nem nunca.
Qual a incidência de Fascite Pantar?
Segundo Peter Toomey uma em cada dez pessoas irá apresentar fascite plantar ao longo da vida.
Quando surge a fascite plantar?
R A fascite plantar surge em geral após os 30 anos de idade e o pico de incidência ocorre entre os 40 e 60 anos. Pacientes com fascite plantar bilateral com menos de 30 anos de idade podem apresentar esponliloartropatias reumáticas.
Quais pessoas sofrem mais com a fascite plantar?
R. Pacientes obesos, Pacientes com qualquer peso e que fizeram longas caminhadas ou ficaram muito tempo em pé em superfícies duras, pacientes com diminuição da dorsiflexão do tornozelo e corredores.
Qual o tratamento da fascite plantar?
A fascite plantar é tratada habitualmente com antinflamatórios orais, tópicos, injetáveis, ou injeções locais (infiltrações). Tratamentos tópicos como agua morna com sal no final do dia também são úteis. Alguns casos também se beneficiam de alongamentos e fisioterapia analgésica. A cirurgia também é uma possibilidade, porém, somente para casos específicos. Converse com seu ortopedista. ele saberá orientar o melhor tratamento para o seu caso.

Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 05/07/2013

Cirurgia de Coluna - Dor Lombar Aguda

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Dor Aguda na Região Lombar (Dor nas Costas)

Dor aguda nas costas (Lombalgia) irradiando-se para baixo até a nádega, sem outros problemas  neurológicas geralmente é decorrente de um estiramento agudo de um músculo ou de um ligamento na coluna lombar. Os sintomas podem aparecer após um movimento violento súbito, levantar um peso sem flexionar os joelhos ou por um movimento comparativamente trivial após um período de trabalho pesado, quando os músculos estão fatigados.

Costuma-se dizer que pessoas altas e magras com costas flexíveis e músculos fracos são especialmente propensas a estiramentos agudos nas costas, assim como aquelas em ocupações sedentárias como a medicina, que vivem uma vida sem atividade física durante a semana e acabam se punindo no fim de semana com várias atividades. ( atletas de fim de semana )

Pessoas que ficam sentadas por muito tempo e então precisam carregar coisas pesadas sem um "aquecimento" adequado, por exemplo, motoristas que precisam dirigir mais de uma hora com a coluna flexionada em um veículo submetido a solavancos e então deixam o seu assento para carregar uma carga pesada na parte de trás de um utilitário, também são muito vulneráveis. 
A dor também é muito frequente em barrigudos. Quando a barriga cresce muda o centro de gravidade e sobrecarrega a coluna lombar levando a dor e ao desgaste prematuro das articulações.( artrose )

Como prevenir a Lombalgia ?
O "estiramento muscular" geralmente é o resultado de um levantamento de peso incorreto, e na maioria dos casos pode ser evitada. Trabalhadores que precisarem levantar cargas pesadas, incluindo enfermeiras que levantam os pacientes, devem aprender técnicas de levantamento corretas.  Não faça força com os músculos da coluna lombar!

Quais as técnica de levantamento correta para evitar dor nas costas?
1. Não levantar peso com a coluna flexionada; nesta posição, o peso é projetado em ligamentos tensos e músculos esticados, o que os torna vulneráveis a uma carga adicional. Em vez disso, realize o levantamento com a coluna lombar reta (estendida). 
2. Mantenha o peso a ser levantado o mais próximo do corpo possível. Quanto mais longe o peso estiver do corpo, maior será o esforço necessário para levantá-lo. ( quanto maior o braço de alavanca maior o esforço no pivo que é a coluna.)
3. Levante os objetos usando os músculos dos joelhos, e não das costas. 
4. Torne o trabalho o mais fácil possível. Garanta que exista um bom acesso à carga, se possível dividindo-a em cargas mais leves, mas se ela não puder ser repartida divida o trabalho com duas ou mais pessoas. 

No local de trabalho, o levantamento de peso pode ser realizado mais facilmente com o armazenamento de produtos na altura da cintura, evitando assim a necessidade de um movimento de torção ao levantar ou carregá-lo, ou com o uso de equipamento de elevação e esteiras transportadoras. 

Quais os princípios de tratamento da Lombalgia?
As seguintes medidas constituem o tratamento-padrão para lesões agudas das costas e são confiáveis; repouso, analgésicos e mobilização gradual são os mais importantes: 
1. Repouso. 
2. Analgésicos. 
3. Gelo ou Calor. 
4. Mobilização gradual. 

Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 22/09/2013.

Dor Músculo Esquelética

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Na vida as coisas tem o tamanho da importância que damos a ela, isso vale para tudo inclusive para a dor. A dor tem dimensões diferentes de acordo com o estado emocional, com a idade, as experiências e  vivências prévias.

Quando estamos fragilizados, sentimos mais dor. Quando estamos fortalecidos sentimos menos dor.
Quando estamos deprimidos sentimos mais dor. Quando estamos felizes sentimos menos dor
Quando ficamos preocupados sentimos mais dor. Quando não estamos preocupados sentimos menos dor.
  • A dor é a mesma, porém, o quando ela nos incomoda varia muito.
Um pequeno desconforto pode ser uma dor muito intensa numa pessoa fragilizada ou ser percebida somente como um desconforto numa pessoa que esta de bem com a vida. Cabe ao médico identificar e diferenciar essas dores.

É dito que:
 - O médico pode CURAR ÀS VEZESREMEDIAR CONSTANTEMENTE e CONSOLAR SEMPRE. Não devemos menosprezar o problema, devemos dar ao problema a importância que ele merece ou seja dizer qual a dimensão do problema de modo a não impressionar o paciente. Depois da Consulta a dor melhorar ou piorar simplesmente com o tamanho das palavras ditas.
    Porém não cabe somente ao médico essa tarefa. o paciente também precisa ter o coração e a mente aberta para ouvir. Alguns pacientes vão a um consultório com um pé atrás com os médicos. Muitos continuam armados, sem ouvidos para ouvir. 
    Quando procuramos um médico devemos ouvir e acreditar no que foi dito. Tem que ter fé, ao acreditarmos no que está sendo dito fica mais fácil melhorar. Ao procurar um médico tenha um coração aberto e acredite que vai melhorar, quando você vai ao consultório achando que não tem jeito, que ninguém cura a sua dor a sua chance de melhorar fica muito reduzida.

    Dr. Marcos Britto da Silva
    Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
    Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
    atualizado em 27/12/2012

    Luxação do Ombro, Imobilização e Luxação Recidivante

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    A luxação do ombro ocorre quando o úmero se desloca e perde o contato articular com a cavidade glenoidal. Quando o ombro luxa para frente (luxação anterior do ombro) em paciente jovem o tratamento do primeiro episódio é fundamental. 

    O tratamento da luxação consiste em reduzir (recolocar a articulação no lugar) e imobilizar. A manobra de redução deve ser atraumática. Após a redução o braço deve repousar alguns dias. O tratamento clássico é colocar o membro superior numa tipóia ou Velpeau (imobilização feita com algodão e crepom que envolve o membro superior e o deixa junto ao tórax).
    A incidência de recidiva (novas luxações)  após o primeiro episodio de luxação anterior do ombro está entre 66 e 94%.
    Em 2007 Itoi e colaboradores publicaram um excelente trabalho mostrando que a imobilização em rotação externa do membro superior (posição semelhante a pedir carona na estrada) pode ajudar a diminuir a chance de recidiva, nas luxações anteriores do ombro após o primeiro episodio. A imobilização em rotação externa reduz o risco relativo de novas luxações em 38%. A explicação para essa redução é que em rotação externa ocorre um maior contato da cápsula articular e do lábio (labrum glenoidale) com a margem óssea da cavidade glenoidal favorecendo a cicatrização  (cicatriza as lesões tipo Barkart).
    Trabalho Publicado pela revista JBJS e revivaso pelo Orthoevidence sugere que o uso da imobilização externa não teria efeito na redução da incidência de luxação recidivante. 
    (No benefit in recurrence by immobilizing primary shoulder dislocation in external rotation. OrthoEvidence Advanced Clinical Evidence Report. In: Ortho Evidence. Created Oct 01, 2011. Last modified Apr 18, 2013. Retrieved Feb 20, 2014 from http://www.myorthoevidence.com/?section=15&id=51.)

    Dr. Marcos Britto da Silva
    Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
    Rio de Janeiro, RJ, Brasil
    atualizado em 20/02/2014

    Dedo em Martelo

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    Um dedo martelo é uma deformidade do dedo causado quando o tendão extensor é rompido e a ponta do dedo cai. O paciente não consegue esticar o dedo. Quando o força do trauma é grande pode ocorrer uma fratura na falange distal.
     
    Quais os Sintomas do dedo em martelo 
    A ponta do dedo cai e fica dolorida, inchada e machucada. Ocasionalmente, aparece um hematoma abaixo da unha. A unha pode até mesmo soltar-se debaixo da dobra de pele na sua base. 
    Diagnóstico 
    Na maioria dos casos, o ortopedista irá pedir radiografias, a fim de procurar uma fratura grave ou mau alinhamento da articulação.
    O tratamento não cirúrgico  

    A maioria das lesões de dedo em martelo pode ser tratada sem cirurgia. O gelo deve ser aplicado imediatamente e a mão deve estar acima do nível do coração. Atenção médica o mais rapidamente possível é importante para afastar lesões abertas. É muito importante procurar atenção imediata se houver sangue abaixo da unha ou caso a unha esteja solta ou levantada. Este pode ser um sinal de laceração do leito ungueal ou fratura exposta.O ortopedista pode aplicar uma tala para segurar a ponta do dedo em extensão até que se cure. Na maioria das vezes, uma tala será usado em tempo integral, durante oito semanas. Embora o dedo normalmente recupere uma função aceitável muitos pacientes podem não recuperar a extensão total do dedo com o tratamento não operatório.Em crianças, as lesões dedo em martelo pode envolver a cartilagem de creceimento que controla o crescimento ósseo. Algumas lesões podem evoluir com deformidade a medida que a criança cresce.
    Tratamento Cirúrgico

     A correção cirúrgica pode ser considerada quando os ferimentos do dedo em martelo também mostram sinais de um grande fragmentos ósseo  ou um desalinhamento articular. Nestes casos, a cirurgia é feita para reparar a fratura com pinos, pinos e arame, parafusos. Em todos os casos de fratura exposta nesses casos em geral a unha está levantada e o osso esta exposta abaixo da unha.  A cirurgia também pode ser considerado se o tratamento não cirúrgico falhar.Nas fraturas sem fragmentos ósseos a cirurgia geralmente é reservada para pacientes com deformidade mais grave ou que não podem usar o dedo corretamente. Nos casos crônicas o tratamento cirúrgico do tendão danificado pode incluir reparar o tecido do tendão  utilizando enxerto de tendão, rececção tecidual ou mesmo a fusão óssea. Um cirurgião ortopédico deve ser consultado na tomada de decisão para tratar esta condição cirurgicamente.

    Dr. Marcos Britto da Silva
    Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
    Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
    atualizado em 25/02/2014

    Dor Regional Complexa/Atrofia de Sudeck

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    A síndrome de dor regional complexa ou Atrofia de Sudeck é uma condição de dor em queimação intensa, rigidez, inchaço ( edema) e palidez que compromete frequentemente a mão após um trauma ou fratura . Os braços, pernas e pés também podem ser afetados pela Síndrome de dor regional complexa
    Esta condição também é conhecida como distrofia simpático-reflexa, Síndrome de Sudeck, Síndrome ombro-mão, causalgia doença fraturaria ou doença do gesso..

    Descrição
    Existem dois tipos de síndrome de dor regional complexa:
    Tipo 1 segue a lesão definida do nervo
    Tipo 2 ocorre depois que uma doença ou uma lesão temporária do nervo
    Embora os gatilhos variam, os dois tipos de atrofia de Sudeck tem os mesmos sintomas e através das mesmas três fases da doença.

    Estágio I: Aguda
    Pode durar até 3 meses. Os pacientes em geral relatam dor em queimação e sensibilidade aumentada ao toque, são os sintomas iniciais mais comuns. Esta dor é diferente, mais constante e dura mais tempo do que seria de esperar com uma determinada lesão. Inchaço e rigidez muitas vezes surgem a seguir, juntamente com uma zona de calor e vermelhidão no membro afetado. Pode haver crescimento de pelos e unhas mais rapidamente e transpiração excessiva.

    Estágio II: Distrófico
    Pode durar de 3-12 meses. melhora o inchaço e surgem rugas na pele. A temperatura da pele torna-se mais frio. As unhas dos dedos das mãos se tornam frágeis. A dor é mais disseminada, aumenta a rigidez e a área afetada torna-se mais sensível ao toque.

    Fase III: Atrófica
    Fase III ocorre depois de 1 ano. A pele da área afetada torna-se pálida, seca, muito apertado e brilhante. A área é rígida e há menos possibilidade de recuperar o movimento. A dor pode diminuir e a doença pode se espalhar para outras áreas do corpo.

    Causas do desenvolvimento da Atrofia de Sudeck
    Ambos os tipos de síndrome de dor regional complexa  podem estar ligadas a uma lesão ou doença não é conhecida a causa exata da síndrome. Uma teoria é que um "curto-circuito" do sistema nervoso é o responsável. A doença leva a uma atividade excessiva do sistema nervoso simpático (inconsciente) que afeta o fluxo de sangue e as glândulas de suor na área afetada.
    Os sintomas mais comumente ocorrem após uma lesão: contusão mais grave ou uma fratura, porém pode surgir após uma cirurgia. Outras causas incluem a pressão sobre um nervo, infecções, câncer, problemas no pescoço, AVC ou ataque cardíaco.

    Exames
    O diagnóstico a Síndrome  é eminentemente clínico pela história e exame físico, nos casos mais avançados podemos observar uma intensa desmineralização dos exames de Raios X simples. (Osteopenia) Alguns estudos de imagem, como, cintilografia óssea e ressonância magnética (RM) podem ajudar o médico a fazer um diagnóstico definitivo.

    Tratamento
    O diagnóstico precoce  e o tratamento precoce são importantes para evitar que a atrofia de Sudeck evolua para estágios mais avançados.
    Também é importante que esses pacientes sejam informados de que a dor faz parte da síndrome e é uma condição fisiológica. Embora não é totalmente compreendido a dor regional complexa é tratável.
    O objetivo do tratamento é diminuir a dor e permitir que o paciente movimente as extremidades, em geral o movimento piora as dores e o paciente tente a ficar totalmente imobilizado o que piora a atrofia muscular.

    O tratamento não cirúrgico
    Medicamentos. Anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), analgésicos, calcitonina, antidepressivos, anticonvulsivantes, corticosteróides orais, e analgésicos opióides são fármacos que podem ser tentados para aliviar os sintomas. Exercício ativo que enfatiza a utilização normal do membro afetado é essencial para alívio permanente desta condição. 

    Tratamento injetável. A injeção de um anestésico (medicamento anestésico) perto dos nervos simpáticos afetadas podem reduzir os sintomas. Isso geralmente recomendado no início da síndrome para prevenir a progressão para estádios mais avançados, porém pode não ser efetivo em todos os pacientes

    A  Dor Regional Complexa em geral é autolimitada e mesmo nos casos mais demorados a longo praso evolui com melhora dos sintomas. Pacientes com quadro depressivo associado tendem a uma evolução mais lenta.

    Fisioterapia são importantes para ajudar os pacientes a recuperar padrões normais de uso. Medicamentos e outras opções de tratamento podem reduzir a dor, permitindo ao paciente participar do exercício ativo. Os exercícios ativos que enfatizam a utilização normal do membro afetado é essencial para alívio permanente desta condição.
    Biofeedback. A consciência corporal e técnicas de relaxamento podem ajudar no alívio da dor.
    Tratamento Cirúrgico
    São relatados na literatura vários tratamento cirúrgico porém em geral consigo bons resultados com o tratamento medicamentoso. Exceção as lesões neurológicas primárias onde abordamos diretamente o nervo com reconstrução ou descompressão.
    Muitos pacientes com sintomas crônicos (meses/anos) tem poucos benefícios com cirurgia e nesses pacientes foi sugerido avaliação e aconselhamento psicológico.

    Dr Marcos Britto da Silva
    Ortopedista, Medicina do Esporte
    Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
    Atualizado em 19/12/2012

    Como escolher a melhor mochila Escolar para seu filho ?

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    Segurança para uso da Mochila
    Dicas do ortopedista para escolher e como usar a mochila escolar
    Prevenção de Lesões com o uso das mochilas escolares
    Dicas para os Pais

    Mochilas são uma maneira popular e práticos para crianças e adolescentes transportar livros escolares. Elas são projetadas para distribuir o peso da carga nos músculos do corpo. Quando usadas corretamente as mochilas podem ser uma boa maneira de transportar os materiais necessários as necessidades do dia a dia na escola.

    Dicas para uma utilização adequada de mochilas escolares
    Mochilas muito pesadas ​​ou usadas ​​incorretamente podem causar problemas para as crianças e adolescentes. O uso indevido das mochilas podem ferir músculos e articulações. Isso pode levar a dores na coluna, pescoço e ombros, assim como problemas de postura. Mochilas pesadas não causam escoliose. A escoliose é uma curva lateral da coluna, que muitas vezes aparece em crianças durante a adolescência.

    As seguintes diretrizes podem ajudar a sua família a usar mochilas com segurança.

    Escolhendo a melhor mochila escolar
    A utilização correta de alças largas, bem acolchoadas ajudará a distribuir o peso da mochila.
    Ao escolher uma mochila, olhar para algumas das seguintes características.
    * Alças de ombro acolchoadas
    * Duas alças de ombro
    * Acolchoado na região posterior que apoia nas costas.
    * Tira na cintura para manter a mochila próxima ao corpo
    * A Mochila deve ser leve
    * Evitar mochilas grandes que ultrapassam a altura ou a largura dos ombros ou fiquem abaixo da linha da cintura.
    * Prefira mochila com rodinhas
    * a mochila deve ser proporcional ao tamanho da criança, evite mochilas muito grandes.

    Prevenção de Lesões
    Use sempre as duas alças. Apertar as tiras de modo que a mochila fique perto do corpo.
    Para evitar ferimentos durante a utilização de uma mochila, faça o seguinte:
    * Use sempre as duas alças de ombro
    * Apertar as tiras
    * Mantenha a mochila leve
    * Organize a mochila
    * Remover itens desnecessários
    * Levantar corretamente a mochila
    * Usar mochilas com rodinhas. 

    Dicas para os Pais
    Os pais também podem ajudar.
    * Incentivar a criança ou adolescente para falar sobre a dor ou desconforto que pode ser causada por uma mochila pesada.
    * Não ignore qualquer dor nas costas em uma criança ou adolescente.
    * Converse com a escola sobre a diminuição do peso ( transportar menos livros diariamente, usar o armário da escola).
    * Tenha certeza que a escola permite que os alunos tenham acesso a seus armários ao longo do dia.Converse com outros pais para encorajar mudanças.
    * Se o seu filho tem dor nas costas que não melhora pois a mochila é muito pesada, considerar a compra de um segundo conjunto de livros didáticos para mantê-los em casa ( isso é muito caro e deve ser usado em último caso)

    Dr. Marcos Britto da Silva
    Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
    Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
    Atualizado em 16/02/2013.

    Calos nos Pés e Sapatos

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    Todos os dias, a pessoa gasta várias horas sobre seus pés e anda milhares de passos. Andar coloca pressão sobre os pés que equivale a 2-3 vezes o peso corporal. Não é de admirar que os pés doam!
    Na verdade, a maioria dos problemas dos pés não está relacionado ao caminhar e sim aos sapatos. 

    Calos, por exemplo. Os calos que se formam sobre os dedos ocorrem quando os ossos empurram os artelhos contra o sapato e exercem pressão sobre a pele. A camada de superfície da pele engrossa e acumula-se, irritante dos tecidos por baixo. 

    Calos Rígidos
    Calos rígidos são geralmente localizados na parte superior ou do lado dos artelho (dedo do pé)  joanete. 

    Calos Macios
    Calos macios parecem feridas abertas e desenvolvem-se entre os dedos devido ao atrito de um artelho contra  outro. 

    Quais as Causas, o que provoca os calos nos pés?
    • Sapatos que não se encaixam adequadamente. Se os sapatos são muito apertados, eles apertam o pé, aumentando a pressão. Se o sapato esta muito folgado, o pé pode deslizar e roçar o sapato, criando atrito e calos.
    • Deformidades do dedo do pé, tais como dedo em martelo ou dedo do pé da garra.
    • Sapatos de salto alto, porque eles aumentam a pressão sobre o antepé.
    • Atrito contra uma costura ou um ponto no interior do sapato.
    • Meias que não se encaixam corretamente.
    Qual a fisiopatologia do calo?
    O calo está relacionado a hiper pressão, sempre que o organismo recebe um estímulo maior que a média ele produz tecido em reação a esse estímulo. O calo nada mais é que a tentativa do organismo de suportar melhor o estímulo que está recebendo. O problema dos calos nos pés é que a medida que eles crescem a pressão aumenta, exemplo: quando andamos sobre o calo ele doe cada vez mais.

    Diagnóstico dos Calos nos pés
    Calos geralmente podem ser facilmente vistos. Eles podem ter um ponto sensível no meio, cercado por pele morta amarelada ao redor. Tratar problemas nos pés, como calos é um esforço de equipe. O paciente vai precisar trabalhar com o seu ortopedista para garantir que os problemas não se repitam.

    Tratamento
    Para restaurar o contorno normal da pele e aliviar a dor, o médico pode aparar o calo raspando as camadas mortas da pele com um bisturi. Este procedimento deve ser feito por um profissional e não por si mesmo, especialmente se o paciente tem má circulação, má visão ou uma falta de sensibilidade nos pés.
    Em algumas situações o ortopedista descobre um problema subjacente, como uma deformidade do dedo do pé que requeiram tratamento cirúrgico. 

    Tratamento em casa
    Mergulhar os pés em agua morna e usar uma pedra pomes ou uma fixa suave pode amaciar e reduzir o tamanho de calos e calosidades.
    Usar uma almofada de espuma ou silicone em forma de anel sobre o calo também irá ajudar a aliviar a pressão. 
    Cuidado! O uso almofadas com medicamento para dissolver o calo podem aumentar a irritação e resultar em infecção.
    Use sapatos que se encaixem corretamente e tenha uma área adequada para os dedos.

    Dr Marcos Britto da Silva
    Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
    Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
    Atualizado em 18/02/2014
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