A FÁBULA DO VENDEDOR DE CACHORRO-QUENTE , A CRISE E AS STARTUPS!

O ano de 2022 iniciou com euforia para os empreendedores devido ao sucesso no volume de investimentos em startups de 2020 e 2021.

Ocorre que já era esperado que a liberdade dada pelos bancos centrais das economias para fazer frente ao COVID 19 o resultado fosse uma inflação alta em todos os países. Diante disso o pisar no freio, aumento da taxa de juros está diminuindo as ofertas e valuation das startups.

Captar com investidores ficou mais difícil, mas não IMPOSSÍVEL.

Startups precisam controlar queima de caixa e ter rentabilidade como objetivo. Acima de tudo devem ressignificar as notícias "negativas" através da máxima:

Ver o que todo mundo está vendo e pensar o que ninguém pensou

Cenários instáveis servem como alavancadores de oportunidades. Em qualquer situação escura e nebulosa de mercado,  pinte sua realidade com as cores de Romero Brito com as energias dos quadro de Van Gogh. Devemos criar nossa própria realidade, des-aprender e re-aprender os significados desse novo momento e fugir da SÍNDROME DO VENDEDOR DE CAHORRO-QUENTE:

"Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia os melhores cachorros-quentes da região.

Preocupava-se com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava e gostava.

As vendas foram aumentando e, cada vez mais ele comprava o melhor pão e as melhores salsichas. Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender a grande quantidade de fregueses.

O negócio prosperava… Os seus cachorros-quentes eram os melhores!

Com o dinheiro que ganhou conseguiu pagar uma boa escola ao filho. O garoto cresceu e foi estudar economia em uma das melhores faculdades do país. Finalmente o filho já formado voltou para casa, e notou que o pai continuava com a vida de sempre, vendendo cachorros-quentes feitos com os melhores ingredientes e gastando dinheiro em cartazes. Assim, teve uma séria conversa com o pai:

– Pai, não ouve rádio? Não vê televisão? Não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso país é crítica. Temos que economizar!

Depois de ouvir as considerações do filho “doutor”, o pai pensou: Bem, se o meu filho que estudou economia na melhor faculdade, que lê jornais, vê televisão e internet, acha isto, então ele só pode ter razão!

Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e, é claro, pior). Começou a comprar salsichas mais baratas (que eram, também, piores). Para economizar, deixou de mandar fazer cartazes para colocar na estrada. Abatido pela notícia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta.

Tomadas essas “providências”, as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo até chegarem a níveis insuportáveis.

O negócio de cachorros-quentes do homem, que antes gerava recursos… Faliu.

O pai, triste, disse ao filho: – Estavas certo filho, nós estamos no meio de uma grande crise.

E comentou com os amigos, orgulhoso:

– Bendita a hora em que pus o meu filho a estudar economia, ele foi quem me avisou sobre crise…

Adoro essa história. Utilizo sempre quando vejo tanto pessimismo com relação ao momentos instáveis. Só se fala em crise! e as oportunidades?

Qual o destaque do momento:

Como captar com investidores ficou mais caro e mais difícil, as startups estão controlando a queima de caixa e colocando rentabilidade como objetivo.

Independente de crise ou sem crise, qualquer executivo ou mentor de startups deveria seguir esse caminho.

Se muitos dos empreendedores de startups brasileiras sofrem da falta de experiência em lidar com crises macroeconômicas, a experiência e metodologias diferenciadas, como o modelo de Venture Builder 4.0, utilizada pela GBG Seniortech Ventures e desenvolvida pela FCJ Venture Builder, faz toda a diferença no sucesso das startups ontem, hoje e sempre.

A GBG Seniortech Ventures tem como propósito identificar, selecionar e investir em startups com soluções de produtos e serviços que atendam a GERAÇÃO PRATEADA 50+. Além de aportar capital intelectual, relacional e financeiro as s startups contam com apoio jurídico, contábil, de vendas, de gestão, entre outros benefícios, acompanhando a trajetória delas até atingirem as séries B/C de investimento.

Conforme mencionado anteriormente, o cenário atual afugentou o capital de risco, diminuindo a chance ou o tamanho da próxima captação de todas as empresas. Nesses momentos de turbulências, separar "o joio do trigo", faz toda a diferença

O que você vê quando vê alguma coisa?

É saudável olhar para as métricas certas! Os empreendedores devem focar nos controles financeiras que sempre importaram para qualquer empresa. Sairemos maiores desse momento.

Em tempos de mercado volátil, inflação alta, consumidor cada vez mais consciente, merece destaque - para quem investe mas também para os empreendedores - uma noção clara de performance potencial no longo prazo.

Numa análise cirúrgica, Gueitiro Genso, ex-CEO do PicPay, investidor da GBG Seniortech Ventures, ajusta nosso olhar com as considerações do seu infográfico abaixo:

No quadrante "O que deve acontecer nos próximos meses?" aponta para algumas calibragens de modelo e Mindset, com destaque:

"A dinâmica do mercado mudou; agora, antes de aceitar aportar mais recursos, o investidor quer provas de que os negócios são sustentáveis no longo prazo e de que existe uma perspectiva de geração de caixa."Gueitiro Genso, ex CEO do PicPay.

"Ocorrerão consolidações em várias indústrias, e os participantes mais bem preparados e capitalizados se beneficiaram”. CEO do Nubank, David Vélez.

"O volume de investimento anjo no Brasil deve apresentar um aumento de 10% em 2022, passando a R$ 1,1 bilhão, segundo levantamento feito pela Anjos do Brasil. Apesar de ser um avanço menor que os 17% apresentados entre 2020 e 2021, o percentual é uma sinalização positiva em meio a um cenário de expectativas pessimistas e de redução no tamanho dos cheques assinados para as startups. Cassio Spina, CEO Anjos do Brasil.

"Estamos vivendo um momento que eu chamo de importante "freio de arrumação", de amadurecimento e de responsabilidade no Brasil, em que essa nova fase e novo ciclo vai gerar negócios e Startups bem mais estruturadas em cada estágio, com menos hype, mais focados em propósito, em resolver problemas e gerar caixa". João Kepler, CEO Bossa Nova Investimentos.

E fechando essa narrativa com uma chamada energizante:

Momentos de crise geram grandes safras de empresas de tecnologias (startups). As crises ja trazem a tona as ineficiências, as dores, as necessidades. Quando a água está baixa, você vê quem está pelado e vai vender sunga. Fica claro onde estão as oportunidades”. Romero Rodrigues, Ex CEO da BuscaPé

E qual é a sua expectativa desse momento? deixe nos comentários👏👏👏

Fernando Potsch. carioca, colecionador de orquídeas e apaixonado pelos enigmas da vida. Empreendedor, mentor e investidor Anjo. Dedico minha atenção para analisar as contradições do presente como meio de antecipar as transformações do futuro. Tenho paixão pela natureza e a integração com os seres humanos. Por inovação, tecnologia, startups e acima de tudo em colaborar com o desenvolvimento das pessoas no seu máximo potencial e sua capacidade de conquistar uma longevidade com qualidade.